quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Hemorragia dos Recursos Públicos

Disse o representante dos credores: – o senhor receberá 120 milhões por ano! É só não alterar os padrões de endividamento e não reduzir as taxas de juros.
– Mas eu não sou o único responsável pela gestão da dívida e endividamento do meu país!! Isso é crime de lesa-pátria!
– Tá bom, 240 milhões é o limite que posso chegar!
– Fechado.
Dados do Relatório de Gestão Fiscal do
2º quadrimestre de 2011 da União

- A Dívida Consolidada da União atingiu em agosto de 2011 a estratosférica marca de R$ 2,594 trilhões.
- A Dívida Consolidada Líquida (DCL) é de R$ 1,062 trilhão.
- A Receita Corrente Líquida (RCL) é de R$ 552,733 bilhões.
- A relação percentual DCL/RCL é de 192,27%.
Para Estados, DF e Municípios a Resolução Senatorial nº 40/2002, definiu limites (teto) de endividamento.
Para a União não há limite algum.
Se fosse fixado o limite de 150% da relação DCL/RCL para a União, o governo federal teria que se adequar a uma DCL de no máximo R$ 829 bilhões.
Nos doze meses, de setembro de 2010 a agosto de 2011, a União pagou R$ 165,617 bilhões de juros, através das várias formas de refinanciamento da sua dívida.
Em 2011 o governo federal já pagou R$ 499,814 bilhões de amortizações/refinanciamento da sua dívida.(Fonte: Siga Brasil do Senado Federal)
Se o limite da relação DCL/RCL já fosse de 150% a despesa com juros teria sido de R$ 90 bilhões, economizando-se R$ 75 bilhões.
Para se ter uma idéia, o orçamento previsto para 2011, do Ministério da Educação é de R$ 63,707 bilhões.
Por que se paga tanto juros?
É a maior sangria de recursos públicos que vão direto para os Bancos.
Não há dúvidas que essa deve ser a prioridade maior do governo federal, a primeira, ou seja, reduzir a dívida pública e pagar menos juros!
Qual a responsabilidade fiscal de um gestor que paga escandalosas quantias em juros para os bancos e não faz esforço para diminuí-la?
Faz 10 anos que seguidamente os bancos no Brasil batem recordes e recordes de lucros.
O que aconteceu com a Grécia? Com a Espanha? Com Portugal? Com a Itália? Dívida Pública! Os governos com absoluta irresponsabilidade fiscal permitiram o aumento das suas dívidas até uma situação de absoluta insolvência, ou seja, o risco do calote aumentou tanto, em especial na Grécia, que o mercado já não comprava mais títulos da dívida pública, e o governo não tinha mais como financiar suas dívidas.      
Por que manter uma taxa de juros (Selic) de 11,50%! A terceira maior taxa de juros do mundo!!!
Excelentíssimos senhores Senadores e senhoras Senadoras, por favor, definam o quanto antes esse limite de endividamento. Limite escalonado que vá baixando até chegar a um patamar razoável, que exija uma gestão responsável e tecnicamente eficiente.

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